Com objetivo de ampliar a cultura de privacidade e proteção de dados na Santa Casa da Bahia, foi realizado, nesta sexta-feira (25), no auditório Jorge Figueira do Hospital Santa Izabel (HSI), o "Santa Casa Privacy Day".
Promovido pela Unidade de Governança, Riscos e Compliance (GRC) da instituição, o evento contou com palestras de renomados profissionais do mercado da privacidade e proteção de dados.
A primeira palestra teve como tema “Incidente de segurança”, ministrada pelo advogado Fabrício Mota Alves, Data Protection Officer (DPO) certificado pela Universidade de Maastricht.
“É impossível garantir 100% de segurança sobre os dados. Mas existem formas de minimizar os riscos, agindo proativamente e preventivamente. Para isso, é preciso ter uma gestão dos riscos e governança de dados pessoais. Todos nós já tivemos os dados vazados e isso é um legado histórico de uma irresponsabilidade social com o tratamento da informação. Fazer um monitoramento, prevenção e plano de contingência fazem parte de um processo de amadurecimento e evolução”, pontuou Fabrício.
A segunda palestra teve como tema “Cultura e resiliência cibernética”, ministrada por Andrea Campelo, mestra em segurança da informação pela Royal Holloway University of London.
“Segurança cibernética é sobre proteger qualquer um ou qualquer coisa que possa ser alcançada pelo ciberespaço. Já a resiliência cibernética é a capacidade de prevenir, resistir e se recuperar de um incidente de segurança cibernética. A segurança cibernética é responsabilidade de todos e o desenvolvimento de uma cultura adequada é um investimento a longo prazo que traz resultados muito potentes. A higiene cibernética precisa fazer parte de cultura da organização”, ressaltou Andrea.
O evento também contou com debates mediados pela consultora Elba Vieira, doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); e Fabiani Borges, advogada, especialista em Direito Eletrônico e Compliance.
“Nós vivemos um momento paradoxal; de um lado a hiperconectividade; do outro, um atraso civilizatório. Como é possível criar esse mundo virtual sem se conectar com o ser humano? Não é possível terceirizar a educação dos nossos filhos para a tela. O mundo real é a nossa bússola. Quando falamos de proteção de dados, é necessário exercer os direitos básicos. Temos que ter respeito aos dados dos outros. Esta é uma obrigação humana”, destacou a diretora corporativa de Tecnologia e Operações da Santa Casa da Bahia, Mônica Bezerra.
O evento completo foi transmitido, ao vivo, no YouTube da Santa Casa da Bahia.